segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ações do Facebook têm queda de 11% em segundo dia na bolsa

Papéis fecharam o dia valendo US$ 34,03.
Rede social começou a negociar ações na bolsa na sexta-feira (18).


As ações do Facebook tiveram queda de 11% em seu segundo dia de negociações na bolsa de valores de Nova York, segundo informações do site da Nasdaq.
Os papéis tiveram seu preço inicial estabelecido em US$ 38 antes da entrada na bolsa, mas fecharam esta segunda-feira (21) valendo US$ 34,03. A rede social começou a negociar suas ações na sexta-feira (18), quando elas tiveram uma valorização de 6%.
O Facebook apresentou seus documentos para realizar o IPO ao órgão regulador dos mercados norte-americano no início de fevereiro. A faixa de preço inicial de ações estimada pela companhia foi de US$ 28 a US$ 35, mas o valor acabou aumentando para uma faixa de US$ 34 a US$ 38 e estabelecido no número mais alto.
Entre as instituições envolvidas na oferta do Facebook estão Morgan Stanley, JP Morgan, Goldman Sachs, Bank of America, Barclays e Allen & Co. O banco de investimentos brasileiro Itaú BBA também está entre os coordenadores da oferta pública inicial do Facebook.
O início das vendas ocorreram na sexta-feira (18) após meses de espera e após uma turnê do fundador da rede social, Mark Zuckerberg, apresentando a empresa para investidores.
Na abertura dos negócios, Zuckerberg postou em sua página na rede social: "Mark Zuckerberg listou uma empresa na NASDAQ. — com Chris Cox e outras 4 pessoas". Ele "tocou a campainha" que deu início às vendas das ações diretamente dos escritórios da empresa, na Califórnia.
David Ebersman, executivo responsável pela área financeira do Facebook, estava presente na sede da Nasdaq na Times Square, em Nova York, onde telas gigantes exibiam um sinal “Bem-vindo Facebook”.

Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2012/05/acoes-do-facebook-tem-queda-de-11-em-segundo-dia-na-bolsa.html

Governo reduz IPI de carros e tributo sobre operações de crédito

Objetivo é reduzir preço dos carros em aproximadamente 10%, diz Mantega.
Segundo ele, Custo total das medidas é de R$ 2,1 bilhões em três meses.

 O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (21) um pacote de medidas para estimular o crédito no país. Entre elas, está a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para compra de carros, além da diminuição do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para todas as operações de crédito de pessoas físicas de 2,5% para 1,5% ao ano. A redução do IPI vale até 31 de agosto, e do IOF não tem prazo definido.
O objetivo é estimular a atividade econômica. "Estamos diante do agravamento da crise financeira internacional. E isto está trazendo problemas para os emergentes como um todo. Exige esforços redobrados para manter a taxa de crescimento em um patamar razoável (...) O governo tem de tomar medidas de estímulo para combater as consequências dos problemas trazidos pela crise financeira internacional", explicou Mantega a jornalistas. Segundo ele, a renúncia fiscal das medidas anunciadas hoje (valor que o governo deixará de arrecadar) é de R$ 2,1 bilhões em três meses.
De acordo com o Banco Central, o nível de atividade econômica do país registrou queda pelo terceiro mês seguido, de 0,35%, em março deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, que é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB pela autoridade monetária, fechou o primeiro trimestre de 2012 com alta de 0,15% ante o trimestre anterior. Isso mostra desaceleração frente ao crescimento de 0,19% do terceiro para o quarto trimestre do ano passado.
IPI de automóveis
Para a aquisição de automóveis, o governo informou que as empresas que estão instaladas no Brasil terão seu IPI para carros de até mil cilindradas (1.0) será reduzido de 7% para zero até o fim de agosto deste ano. Para carros importados de fora do Mercosul e México, a alíquota cairá de 37% para 30%, informou o ministro.
Para veículos de mil cilindradas (1.0) a duas mil cilindradas (2.0), a alíquota para carros a álcool e "flex" (álcool e gasolina), para empresas instaladas no Brasil, será reduzida de 11% para 5,5%. Para os carros importados, a alíquota será reduzida de 41% para 35,5%. Já para carros a gasolina de mil a duas mil cilindradas, o IPI cairá de 13% para 6,5% para carros produzidos no Brasil e de 43% para 36,5% para veículos de fora do Mercosul e México. No caso dos utilitários, a alíquota será reduzida de 4% para 1% (empresas instaladas no país) e, para carros importados, cairá de 34% para 31%.
Além disso, Mantega informou que o setor privado se comprometeu a dar descontos sobre as tabelas em vigor. Segundo ele, os desconto será de 2,5% para carros de até mil cilindradas, de 1,5% para automóveis de mil a duas mil cilindradas e de 1% para utilitários e comerciais. O objetivo de todas estas medidas é de reduzir, segundo Mantega, o custo dos carros em aproximadamente 10% nas revendedoras.
Dados do BC mostram que, em abril, a inadimplência para compra de veículos, que registra atrasos superiores a 90 dias, atingiu a marca de 5,7%, o maior valor de toda a série histórica, que começa em junho de 2000. Em fevereiro deste ano, a inadimplência destas operações estava em 5,5%. Com isso, os bancos puxaram o freio na concessão de novos financiamentos neste ano.
"As medidas anunciadas, sem dúvida, atendem à demanda do setor. A indústria está com estoques muito altos", afirmou o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, após o anúncio.
Liberação de compulsórios para carros
Além de baixar o IPI para compra de veículos, e de reduzir do IOF sobre todas as operações de crédito para pessoas físicas, o governo também anunciou a liberação de parte dos depósitos compulsórios (recursos ficam retidos no BC para controlar a inflação) para estimular o crédito para a aquisição de veículos.
"Para o setor automotivo, estamos implementando as medidas financeiras. Os bancos privados e públicos se comprometeram em aumentar o volume de crédito; aumentar o número de parcelas. O financiamento terá mais parcelas, e também se comprometeram em reduzir a entrada para aquisição do bem, além de realizar redução do custo financeiro, ou dos juros do empréstimo. O BC vai liberar compulsório para viabilizar um volume maior de crédito nessas atividades e para reduzir o custo do crédito. Vai reduzir o compulsório para esta carteira de financiamento, para aumentar o volume do crédito e baixar o custo", declarou Mantega.
Linhas de crédito para investimentos
Para novos investimentos das empresas, o ministro Mantega informou que as linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão menores. O financiamento para pré-embarque de exportações, por exemplo, passará de 9% para 8% ao ano. Para compras de ônibus e caminhões, está sendo reduzida de 7,7% para 5,5% e, para compra de máquinas e equipamentos para produção, os juros estão caindo de 7,3% para 5,5% ao ano. No caso do Proengenharia, a taxa passou de 6,5% para 5,5% ao ano.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/05/governo-reduz-ipi-de-carros-e-tributo-sobre-operacoes-de-credito.html

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Bovespa encerra em queda pelo oitavo pregão nesta quinta

Bolsa perdeu 3,31% e fechou cotada a 54.038 pontos.
No mês de maio, a bolsa acumula queda de 12,6% e no ano, de 4,79%.


A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou em forte queda nesta quinta-feira (17), com desvalorização de 3,31%, para 54.038 pontos. O pregão foi bastante instável, mas a trajetória de queda prevaleceu. Foi o oitavo pregão seguido de perdas na Bovespa e a menor cotação desde 20 de outubro de 2011, quando encerrou a 54.009.
Foi a maior baixa diária desde 22 de setembro, quando a queda foi de 4,8%. O giro financeiro do pregão somou R$ 8,35 bilhões. No ano, a bolsa acumula queda de 4,79%. No mês de maio, a queda já é de 12,6% e na semana, de 9,09%.

A Bovespa teve forte recuo após a agência Fitch ter rebaixado o rating da Grécia, agravando o pessimismo dos mercados sobre os impactos de eventual saída do país da zona do euro.
"Acho que é um movimento um pouco exacerbado, já virou um efeito manada", disse Eduardo Dias, analista na Omar Camargo Corretora. "Ibovespa a 55 mil pontos já era exagero; a 54 mil pontos, então, nem se fala. Para mim já chegou em ponto de compra."
A crise política na Grécia e um possível contágio em países como Espanha e Itália segue impondo forte clima de cautela. Nesta tarde, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating da Grécia de "B-" para "CCC", citando o elevado risco de o país ter de sair da zona do euro.
"Por mais que se fale que Grécia está precificado, não está", disse Newton Rosa, economista-chefe na Sul América Investimentos. "Essa questão assusta investidores e pode provocar, em um primeiro momento, uma situação de retração dos fluxos de capitais de certa forma comparável a 2008."
Mais cedo, também pesou sobre os mercados a preocupação com a situação dos bancos na Espanha e os dados mais fracos que o esperado nos Estados Unidos. Indicadores antecedentes da atividade econômica norte-americana tiveram queda pela primeira vez em sete meses.
Em Wall Street, o Dow Jones fechou em queda de 1,24%. Mais cedo, o principal índice dos mercados acionários europeus encerrou com baixa de 1,15%.
Dentre as ações com maior peso no Ibovespa, a preferencial da Petrobras devolveu os ganhos da véspera e fechou em queda de 4,46%, a R$ 18,43, enquanto a preferencial da Vale caiu 3,66%, a R$ 34,78. OGX recuou 5,59%, a R$ 10,97. Papéis de bancos também se destacaram entre as baixas do pregão, com Banco do Brasil recuando 4,9%, a R$ 19,40, e Bradesco com queda de 4,38%, a R$ 26,88.
"Além da degradação das expectativas lá fora, soma também contra essa intervenção do governo na economia e a mudança de discurso com relação aos bancos, e isso não está agradando muito aos investidores", disse Sérgio Machado, sócio-gestor da Vetorial Asset.
Apenas dois dos 68 ativos que compõem o índice fecharam em alta: CCR Rodovias subiu 2,09%, a R$ 15,62, e MRV Engenharia avançou 1,66%, a R$ 9,81.

Fonte:http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2012/05/bovespa-encerra-em-forte-queda-nesta-quinta.html

FMI vai revisar programa de ajuda à Grécia após eleições em junho

Sem governo de coalizão, Grécia terá novas eleições em 17 de junho.
Grécia aguarda liberação de nova parcela de ajuda financeira.


O Fundo Monetário Internacional (FMI) irá aguardar as novas eleições da Grécia, marcadas para 17 de junho, para revisar o programa de empréstimo, afirmou nesta quinta-feira (17) o vice-diretor de assuntos internacionais do fundo, David Hawley.
"Nós sabemos que foram convocadas eleições e nós estamos ansiosos para entrar em contato com o novo governo, quando este for formado", disse Hawley, em coletiva de imprensa. "O essencial é que nossa missão (em Atenas) será após as eleições. Não tenho data específica", afirmou.
Hawley afirmou ainda que a saída da Grécia da zona do euro é "apenas uma de múltiplas possibilidades" para a crise da dívida do país, e que o FMI irá analisar a hipótese "de um ponto de vista técnico".
O premiê interino da Grécia, Panayotis Pikramenos, diante do Parlamento nesta quinta-feira (17) em Atenas (Foto: AFP)O premiê interino da Grécia, Panayotis Pikramenos, diante do Parlamento nesta quinta-feira (17) em Atenas (Foto: AFP)
O governo tecnocrata formado nesta quinta e composto, em sua maioria, por acadêmicos e altos funcionários, tem como principal missão preparar as novas eleições, depois que os partidos falharam em formar um governo de coalizão, por conta da fragmentação parlamentar após as eleições de 6 de maio, aumentou as dúvidas sobre a continuidade do endividado país no euro.
A Grécia, abalada por uma forte recessão, manifestou na votação de 6 de maio a rejeição às medidas de austeridade instauradas em troca de um plano de ajuda internacional. Partidos extremistas antiausteridade, à direita e à esquerda, conseguiram boa representação no Parlamento.
A permanência do país na zona do euro provoca dúvidas e cria instabilidade nos mercados financeiros internacionais. O partido de esquerda radical Syriza, contrário às medidas de austeridade, é apontado como o grande favorito das novas legislativas.
Sem apoio adicional, a Grécia pode ficar sem dinheiro antes do final de junho para pagar salários governamentais e programas de bem-estar social. Esses gastos dependem do programa de ajuda de € 130 bilhões do FMI e da União Europeia. Uma parcela desses recursos, de € 1,6 bilhão, estava programada para ser liberada no final deste mês mas, com as novas eleições, deverá ter que aguardar ao menos até junho.
Com informações da Reuters, EFE e France Presse